terça-feira, outubro 22, 2013

Nosso irmão Guilherme voltou para os braços de nossa Mãe Oxum no dia de hoje.




Com pesar, comunicamos o desencarne de nosso irmão Guilherme Ferro Morada, no dia de hoje (22/10/2013). 

Que o Mestre Jesus, e a espiritualidade amiga, o receba, e de forças à família, para suportar esse momento.

A nossa casa, estará a partir de hoje, com as sua atividades suspensas para o público, até o dia  08/11/2013, ficando neste período,  em luto e preces, pelo nosso irmão recém desencarnado.




Nossa homenagem em forma de prece ao querido irmão.


Deus de infinito amor e bondade!

Dignai-vos, Senhor, ouvir a prece que dirigimos pelo espírito de nosso irmão Guilherme Ferro Morada, desencarnado hoje, 22/10/2013, e permiti que ele possa entrever as vossas divinas luzes, para que assim se lhe torne fácil o caminho para sua eterna felicidade. 

Consenti Senhor, que os vossos bons espíritos lhe levem nossas palavras pela transmissão de  nosso pensamento.

Espírito de nosso querido irmão Guilherme, ouve a nossa voz que, como prova de  nossa  afeição, te chama, no desejo de te auxiliar a compreender que apesar de teres deixado o corpo mortal, vives ainda a vida espiritual que é a verdadeira.

Quis Deus que fosses libertado antes de nós. Não nos lamentamos, pois, seria egoísmo e manifestaríamos desejar-te ainda as penas e sofrimentos da vida; antes, resignadamente, agradamos o instante de nossa reunião no mundo em que te achas e que, confiamos em Deus, será  de maior felicidade para ti.

Sabemos que a nossa separação será apenas momentânea, porque por mais longa que possa parecer sua duração se obliterará ante a eternidade das venturas reservadas por Deus aos que se arrependem e emendam.

Permita Deus, em sua bondade, que os bons Espíritos nos preservem de cometer qualquer ato contra as divinas leis, o que nos retardaria o almejado instante de nossa união, e assim, que poupem a dor de te não encontrar ao sairmos deste cativeiro terrestre.

Oh! Como é doce consoladora a certeza de que, apesar do véu material que te ocultas às nossas vistas, podes estar aqui ao nosso lado, ver-nos e ouvir-nos como outrora, pois cremos que nos não  esquecerás, como de ti nós não esqueceremos, e, assim, nosso pensamentos não deixarão de se confundir e o teu nos seguirá e amparará sempre, consoante teu poder e os desígnios de Deus.

A paz do Senhor seja eterna contigo, querido irmão Guilherme.

Assim seja!

Saudades eternas dos seus irmãos, médiuns da Tenda Espírita Mamãe Oxum.





quinta-feira, outubro 17, 2013

Em Busca da Verdade (Desencarnação - O Despertar para uma Nova Vida)




Em Busca da Verdade
    (Desencarnação - O Despertar para uma Nova Vida)  

Refletindo sobre a Vida

1. Introdução
"Já pensaste na paz do último dia na Terra?
Nesses olhos nublados de pranto, num corpo lavado pelo copioso suor da agonia, grangrenado e semi-apodrecido, onde os órgãos rebeldes, em conflito, são centros das mais violentas e rudes dores, existe todo um amontoado de mistérios indecifráveis para aqueles que ficam.
Nesses rápidos minutos, um turbilhão de pensamentos represa-se nesse cérebro esgotado pelos sofrimentos... O Espírito, no limiar do túmulo, sente angústia e receio; e, nos estertores de sua impotência, vê, numa continuidade assombrosa de imagens movimentadas, toda a inutilidade das ilusões da vida material. Todas as suas vaidades e enganos tombam furiosamente, como se um ciclone impiedoso os arrancasse do seu íntimo, e os que somente para esses enganos viveram sentem-se, na profundeza de suas consciências, como se atravessassem um deserto árido e extenso; todos os erros do passado gritam nos seus corações, todos os deslizes se lhes apresentam, e nessa quietude aparente de uns lábios que se cerram no doloroso ricto da morte, existem brados de blasfêmia e desesperação, que não escutais, em vosso próprio beneficio.
Para esses espíritos não existe a paz do último dia. Amargurados e desditosos, lançam ao passado o olhar e reflexionam: -Ah! Se eu pudesse voltar aos tempos idos!"
(Emmanuel, Francisco Candido Xavier)
Segue o transcurso das eras e os mundos continuam em seus ciclos, de criação, manutenção e destruição. Esse aspecto tríplice, que é representado pelos hindus como a Deusa Shiva, mostra ao espírito que tudo é temporário, transitório e efêmero.
Esse artigo tem como objetivo falar um pouco sobre a morte, ou, melhor dizendo, sobre o despertar de uma nova consciência. Alertando a todos para a importância do tempo que permanecemos encarnados para nossa evolução espiritual.
2. Reencarnação
Não podemos falar sobre desencarnação sem antes fazer pequenos comentários sobre a Reencarnação, embora somente em futuro artigo esse tema seja aprofundado.
É muito conformista ou cômodo achar que todos nasceram do pó e a ele voltarão após a morte.
Considerar que o vizinho que tem paralisia cerebral ou o primo que tem diabetes são meras obras do acaso ou da coincidência é sem dúvida não conseguir se abster por um só momento da ilusão da matéria e não usar da sua lógica intuitiva para alcançar conhecimentos mais sutis.
Todos somos espíritos, pré-existentes, moldados perfeitos, mergulhados no profundo sono da ilusão, que aos poucos despertam para a realidade maior.
Embora isso seja um ótimo argumento para os descrentes, é, na verdade, uma nova chance que recebemos, para mais uma vez tentarmos nos melhorar. Embora muitas coisas pudessem ser facilitadas pela lembrança de vidas passadas, outras, de maior gravidade, seriam recordadas e o sentimento de culpa, ódio, angústia ou remorso seriam insuportáveis para muitos.
Somente os que se dedicam com afinco a uma vida espiritual, conseguem, pouco a pouco romper o estado de ilusão e alcançar o contato com sua consciência divina, podendo lembrar de vidas anteriores e até, em alguns casos, realizar o que alguns chamam de "milagres" .
O homem tem uma busca insaciável pelo motivo da sua vida. A grande maioria se entrega aos prazeres terrenos, não se satisfazendo nunca, indo de porto em porto, desgastando o sublime navio que recebeu. Nunca conseguindo alcançar o lugar que tanto procura, ele busca seus prazeres de formas diferentes, até que um dia, pelo cansaço extenuante das suas desditosas ações, ele passa a procurar dentro de si, entendo que só é possível alcançar a paz divina através do caminho interior.
Reencarnados, somos ligados a adversários e amigos, encontrando aqueles que prejudicamos e os que nos prejudicaram, recebendo o amor e carinho dos pais e sendo burilados pela vida.
Influenciados pelo Universo, que de todos os cantos nos envia radiações, somos impulsionados para o crescimento, material e espiritual, ao mesmo tempo em que, de forma imparcial, atraímos ao nosso encontro os benefícios e dificuldades, as provas e testes que acertarão nossas contas com a justiça divina. Através da lei de causa e efeito, ou Karma, nós e não Deus, atraímos as situações que nos possibilitam crescer, melhorar e aliviar a consciência que algumas vezes sofre pavorosas lembranças do mal praticado.
Transformamos assim as dores, o abandono, as alegrias, as amizades, os inimigos em irmãos, as injúrias em perdão. E desta forma, transformamos também todos os acertos da vida em tesouro espiritual, indestrutível pelo tempo e inalcançável pelos que buscam nos prejudicar.
3. Tempo de Vida
Segundo o que pude perceber, temos mais ou menos estipulado, um tempo de vida.
Esse tempo não é cronometrado e sim planejado, ou seja, o seu corpo é ajustado para que você tenha mais ou menos o tempo de vida estipulado para resgatar os erros cometidos no passado, auxiliar ou receber auxílio, entrar em contato com afetos ou desafetos e dar seu pequeno ou grande passo rumo a espiritualidade superior.
Retiramos o segunte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna, capitulo XIII ? Companheiro Libertado, para elucidar melhor o assunto:
"Compreendia, mais uma vez, que há tempo de morrer, como há tempo de nascer. Dimas alcançara o período de renovação e, por isso, seria subtraído à forma grosseira, de moda a transformar-se para o novo aprendizado. Não fora determinado dia exato. Atingira-se o tempo próprio..."
Não existe regra que vincula o tempo de vida à evolução espiritual. Um espírito muito evoluído pode viver poucos anos, somente para "acabar" com os pequenos resíduos que o impedem de se libertar completamente dos ciclos reencarnatórios.
Um espírito que não tem necessidade de reencarnar pode, por amor e renúncia, mergulhar na matéria para ajudar os que ama, vivendo o tempo suficiente para despertar os seus entes queridos, voltando, assim que possível para o seu verdadeiro lar.
Um espírito pode viver muito e estar em degradante estado espiritual. A espiritualidade superior pode dar muito tempo de vida para tentar persuadir o "teimoso" a mudar o seu temperamento. A paternidade, o envelhecimento, os netos, tudo isso ajuda muito a amansar o coração, tornando-o o mais dócil para aceitar os ensinamentos de amor ao próximo, perdão e da vida após a morte.
3.1 Prolongamento do Tempo de Vida
Um espírito pode ter o seu "tempo de vida" estendido, por motivos variados, que geralmente decorrem de intercessões externas. Como por exemplo:
  • Facilitar o ingresso no mundo espiritual ? Alguns precisam de mais um "tempinho" para receber uma conversa confortadora, uma palestra amiga. Nos últimos suspiros de vida muitos orgulhosos aceitam a palavra consoladora da vida eterna.
    Também existe o caso daqueles que possuem resíduos tóxicos que precisam ser expurgados. Esses, por algum motivo, tem merecimento da ajuda espiritual. A intercessão se dá por ações boas realizadas, mesmo que tenham cometido erros que saturaram seu corpo perispiritual, eles se tornaram merecedores da devoção e carinho dos mentores espirituais e de apelos dos que lhe são caros.
  • Para ajudar um grupo de pessoas. Isso acontece com pessoas especiais, como por exemplo, Chico Xavier, onde milhares de pessoas pediram que ele continuasse vivo, para que pudesse por mais algum tempo auxiliar os que sofriam.
  • Para algum tipo de trabalho Espiritual ? Isso pode acontecer nos casos em que o espírito se modifica tanto que pode ser utilizado em tarefas de ajudam a humanidade ou um grupo de espíritos. Nesse caso o tempo de vida pode ser estendido para que ele realize a tarefa espiritual. Isso aconteceu com uma amiga minha.
Tanto é verdade que o tempo de vida não é definido exatamente e sim aproximadamente que os livros que tratam sobre desencarnação falam sobre equipes espirituais que visitam os espíritos que estão prestes a desencarnar. No livro Obreiros da Vida Eterna, de Francisco Candido Xavier, pelo Espírito André Luiz, nos é informado que uma equipe espiritual, responsável pela desencarnação de quatro espíritos, ficou aproximadamente dois meses em um posto de socorro espiritual, realizando os preparativos necessários ao desencarne, sendo que um deles teve estendido seu tempo de vida devido a intercessão de um neto, que necessitava do amparo.
3.2 Utilização do Tempo de Vida
Como falamos anteriormente o tempo de vida determinado para um espírito encarnado não é exato e sim aproximado. Contudo, o espírito pode ter seu tempo estendido (explicado no item anterior) ou encurtado.
Aqueles que tem seu tempo de vida estendido geralmente recebem esse benefício por intercessões externas (espíritos encarnados ou desencarnados) e, na maioria dos casos, são espíritos que se beneficiam por boas ações realizadas na terra.
Existe, porém, aqueles que tem seu período de vida encurtado. Por motivos de sua responsabilidade não poderão usufruir o tempo de vida que lhes foi outorgado pela providencia divina.
Vamos falar um pouco sobre os tipos de ações que podem encurtar o tempo de vida:
  • Renúncia e dedicação ao próximo - Alguns médiuns, professores, filósofos, cientistas, etc. tem como objetivo ajudar um grupo ou até a humanidade e se dedicam tanto a tarefa, que acabam comprometendo a sua saúde e por conseqüência o seu tempo de vida.
    Se esses irmãos renunciaram a vida em favor da humanidade ou do próximo, sem interesses pessoais, então exerceram a máxima do "Amar ao Próximo como a si Mesmo...", marcando a Terra e os Céus com seus trabalhos de amor e caridade.
    Aqueles que buscam a Deus acima de tudo e a amam o próximo como Jesus os amou encontrarão a salvação e o reino dos céus. Foi dito e não há dúvida.
    No livro Obreiros da Vida Eterna temos um trecho bastante interessante que trata justamente sobre esse assunto:
    "- Mas se Dimas não aproveitou todo o tempo de que dispunha, não terá também desperdiçado a oportunidade, como aconteceu a mim mesmo?
    ...
    ... A situação do amigo a quem nos referimos, porém, é muito clara. Dimas não conseguiu preencher toda a cota de tempo que lhe era lícito utilizar, em virtude do ambiente de sacrifício que lhe dominou os dias, na existência a termo. Acostumado , desde a infância, à luta sem mimos, desenvolveu o corpo, entre deveres e abnegações incessantes. Desfavorecido de qualquer vantagem material no princípio, conheceu ásperas obrigações para ganhar a intimidade com as leituras mais simples. Entregue ao serviço rude, no verdor da mocidade, constituiu família, pingando suor e regulamentos, conquistando a subsistência com enorme despesa de energia. Mesmo assim, encontrou recursos para dedicar-se aos que gemem e sofrem nos planos mais baixos eu o dele. Recebendo a mediunidade, colocou-a a serviço do bem coletivo. Conviveu com os desalentados e aflitos de toda sorte. E porque seu espírito sensível encontrava prazer em ser útil, em razão dos necessitados guardarem raramente a noção do equilíbrio, sua existência converteu-se em refúgio de enfermos do corpo e da alma. Perdeu, quase integralmente, o conforto da vida social, privou-se de estudos edificantes que lhe poderiam prodigalizar mais amplas realizações ao idealismo de homem de bem e prejudicou as células físicas, no acúmulo de serviço obrigatório e acelerado na causa do sofrimento humano. Pelas vigílias compulsórias, noite a dentro, atenuou-se-lhe a resistência nervosa; pela inevitável irregularidade das refeições, distanciou-se da saúde harmoniosa do estômago; pelas perseguições gratuitas de que foi objeto, gastou fosfato excessivamente e, pelos choques reiterados com a dor alheia, que sempre lhe repercutiu amargamente no coração, alojou destruidoras vibrações no fígado, criando afecções morais que o incapacitaram para as funções regeneradoras do sangue. É verdade que não podemos louvar o trabalhador que perde qualquer órgão fundamental da vida física em atrito com as perturbações que companheiros encarnados criam e incentivam para si mesmos; no entanto, faz-se preciso considerar as circunstâncias em jogo. Dimas poderia receber, com naturalidade, semelhantes emissões destrutivas, mantendo-se na serenidade intangível do legítimo apóstolo do Evangelho. Todavia, não se organiza de um dia para o outro o anteparo psíquico contra o bombardeio dos raios perturbadores da mente alheia, como não é fácil improvisar cais seguro ante o oceano em ressaca. Cercado de exigências sentimentais, subalimentado, maldormido, teve as reiteradas congestões hepáticas convertidas na cirrose hipertrófica, portadora da desintegração do corpo.
    ...
    - Segundo observamos, há existências que perdem pela extensão, ganhando, porém, pela intensidade. A visão imperfeita dos homens encarnados reclama o exame acurado dos efeitos, mas a visão divina jamais despreza minuciosas investigações sobre as causas.. "
  • Desregramento, vícios, atividades ilícitas, etc ? Todo tipo de vícios e atividades que diminuem o seu tempo de vida, e, que tem como único objetivo atender aos prazeres egoístas, tornam o espírito um tipo de Suicida Inconsciente.
  • Suicídio Consciente - Retirar a vida que não é sua não é direito do espírito, e não há justificativa, somente atenuantes, que variam de acordo com o problema. Lembremos que nada que esteja ligado ao egoísmo, melindre ou ambição são atenuadores de responsabilidade.
É difícil encontrar alguém que tenha realmente aproveitado espiritualmente a sua vida, e, a grande maioria das equipes de desencarnação atua por misericórdia ou intercessão, visto que nossos erros e desregramentos ainda são bem mais extensos que nossos merecimentos.

4. Equipes de Desligamento
Somente alguns espíritos encarnados tem a capacidade de auto-desligamento, ou seja, de desligar os laços que o prendem ao corpo físico.
A grande maioria precisa de ajuda e amparo, pois o processo de desligamento é difícil para nós, que ainda estamos ligados "vibratoriamente" ao planeta.
Por esse motivo existe na espiritualidade equipes especializadas no desligamento. Elas realizam suas tarefas de acordo com o merecimento dos espíritos que estão desencarnando.
Quando o espírito é merecedor do auxílio que chamaremos de "completo", eles realizam as seguintes tarefas:
  • Preparação ? O ambiente doméstico, os familiares e o próprio espírito que desencarnará em breve recebem visitas quase que diárias para auxílio magnético e preparação. Alguns recebem uma aparente melhora para consumação das sua últimas tarefas e para o último contato com os que lhe são queridos.
  • Proteção ? Existem vampiros, obsessores e equipes das trevas especializadas em "vampirizar" os recém-desencarnados. A equipe espiritual tem como tarefa proteger o corpo físico e etérico (até o desligamento total) e o espírito contra as investidas das trevas.
  • Desligamento ? Será abordado no próximo item, contempla todo o processo de desligamento do corpo físico.
  • Encaminhamento ? Os espíritos recém-desencarnados são auxiliados para o encaminhamento ao local onde serão amparados, seja um Posto de Socorro, uma Colônia Espiritual ou, infelizmente, largados ao léu, isso só acontece com os que não podem ser auxiliados, devido a grandes débitos ou apego em que se encontra. Ninguém pode se levado para planos superiores do Astral sem estar preparado.
O tamanho das equipes é variado e geralmente organizado para amparar grupos de espíritos que desencarnarão em um período específico.
Junto a equipe de desligamento encontram-se os amigos espirituais dessa ou de outras vidas, os familiares, os amigos espirituais de trabalho (no caso de médiuns), etc ..
Mesmo os médiuns que trabalham em casas onde existem mentores experientes nas ledes espirituais, recebem o auxílio da equipe de desligamento. Sobre esse tópico retiramos esse interessante texto do livro Obreiros da Vida Eterna:
"Porque se formara expedição destinada a socorro de servidor que dispunha de amigos de tamanha competência moral? Fabriciano demonstrava conhecimentos elevados e condição superior. O obsequiosos amigo, porém, evidenciando extrema acuidade perceptiva, antes que eu fizesse qualquer pergunta inoportuna, acrescentou:
- Não obstante nossa amizade ao médium, não nos foi possível acompanhar-lhe o transe. Temos delegação de trabalho, mas, no assunto, entrou em jogo a autoridade de superiores nossos, que resolveram proporcionar-lhe repouso, o que não nos seria possível prodigalizar-lhe, caso viesse diretamente para nossa companhia."
Nem todos recebem auxilio de equipes especializadas de desencarne, recebendo os outros o atendimento de equipes gerais que não podem interceder "muito" junto ao moribundo, sobre esse tema retiramos o seguinte texto do livro Obreiros da vida eterna:
"- Nem todas as desencarnações de pessoas dignas contam com o amparo de grupos socorristas?
- Nem todas - confirmou o interlocutor, e acentuou, todos os fenômenos contam com o amparo da caridade afeta às organizações de assistência indiscriminada; no entanto, a missão especialista não pode ser concedida a quem não se distinguiu no esforço perseverante do bem."
5. O Desligamento
5.1 Horário
O período da noite não possui os raios solares, que desintegram as energias negativas e eliminam as formas pensamento criadas pelo pensamento desregrado dos encarnados e desencarnados.
Além disso, temos uma diminuição na vitalidade existente no ambiente, o que piora as condições do doente, facilitando seu desencarne no período da noite, embora, de nenhuma forma isso seja uma regra, é simplesmente uma tendência, podendo por isso ocorrer desencarnações a qualquer hora do dia ou da noite.
5.2 O Processo de Desligamento
Falaremos aqui sobre o processo mais comum de desligamento, suicídio e mortes abruptas serão abordadas em outros tópicos.
5.3 Preparando o Ambiente
Em casos de doença, onde o moribundo está há algum tempo sofrendo, e junto com ele estão os familiares e amigos, cria-se uma ?aura? de imantação que dificulta o trabalho de desligamento.
Fica muito difícil para os espíritos criarem barreiras protetoras, o procedimento adotado pelas equipes especializadas é criar uma melhora fictícia para afastar os que "prendem" o agonizante ao corpo carnal.
Retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
"- Nossa pobre amiga é o primeiro empecilho a remover. Improvisemos temporária melhora para o agonizante, a fim de sossegar-lhe a mente aflita. Somente depois de semelhante medida conseguiremos retirá-lo, sem maior impedimento. As correntes de força, exteriorizadas por ela, infundem vida aparente aos centros de energia vital, já em adiantado processo de desintegração."
5.4 Cortando os Laços
É comum a presença de espírito amigo ou familiar da última encarnação durante o desligamento. A maior parte dos espíritos de nível "médio" de evolução se mantém mais ou menos conscientes do que acontece (depende o grau de desprendimento e evolução). Por isso a presença da mãe, filho(a), irmã(o), etc, tranqüiliza o espírito em processo de desencarnação.
No livro Voltei e Obreiros da Vida Eterna (ambos de Francisco Candido Xavier) os espíritos são amparados por familiares, mãe e filha, respectivamente.
Acredito que a melhor forma de falar sobre o processo de desligamento é citando os dois livros que falaram mais profundamente sobre o assunto, a seguir as transcrições:
Obreiros da Vida Eterna, Capítulo XIII, Companheiro Libertado,
"...Ordenou Jerônimo que me conservasse vigilante, de mãos coladas à fronte do enfermo, passando, logo após, ao serviço complexo e silencioso de magnetização. Em primeiro lugar, insensibilizou inteiramente o vago, para facilitar o desligamento nas vísceras. A seguir, utilizando passes longitudinais, isolou todo o sistema nervoso simpático, neutralizando, mais tarde, as fibras inibidoras no cérebro. Descansando alguns segundos, asseverou:
- Não convém que Dimas fale, agora, aos parentes. Formularia, talvez, solicitações descabidas.
...
E porque eu indagasse, tímido, por onde iríamos começar, explicou-me o orientador:
- Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma:
o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.
...
Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.
...
Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente. Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigástrio à garganta, mas reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual.
...
O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindose, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas-desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.
...
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do ?morto?, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido."
Do livro A vida Além da Sepultura, Capítulo 19, Espíritos Assistentes das Desencarnações:
"... A desencarnação demanda ainda outras operações complexas, pois a intimidade que se estabeleceu entre o perispírito e o corpo físico, durante alguns anos de vida humana, não pode ser desfeita em poucos minutos de intervenções técnicas do lado de cá. Salvo nos casos de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção dos técnicos assistentes se registra só depois da morte do corpo, as demais desencarnações devem se subordinar gradativamente a várias operações liberatórias, em diversas etapas..."
5.5 O Rompimento do Cordão de Prata
A grande maioria dos espíritos em processo de desencarne ainda se acha ligado de alguma forma à matéria física, seja por amor a família, aos bens, preocupações com os que vão deixar, etc.
Em vista disso o processo desencarnatório é gradual e o rompimento do cordão de prata, última etapa no processo de desligamento, só é realizado (na maioria dos casos) após algum tempo.
Sobre esse assunto temos a sábia palavra de Bezerra de Menezes, no livro Voltei:
"Esclareceu Bezerra que na maioria dos casos, não seria possível libertar os desencarnados tão apressadamente, que a rápida solução do problema liberatório dependia, em grande parte, da vida mental e das idéias a que se liga o homem na experiência terrestre. ".
Até o rompimento do cordão de prata o espírito encontra-se como um balão cativo (palavras de Bezerra de Menezes), e fica mais suscetível à influência do ambiente onde se encontra, também menos consciente e fraco. Após o rompimento, ocorre um gradual aumento da consciência e fortalecimento.
Para os mais evoluídos o rompimento é quase imediato.
5.6 Duplo Etérico e Vitalidade Acumulada
O desencarne não extingue as energias vitais que circulam no Duplo Etérico, que está diretamente ligado ao corpo físico e ao corpo astral. Os técnicos responsáveis pelo desencarne também devem tomar as devidas providencias para proteger os resíduos vitais contra as investidas dos vampiros do mundo astral.
Esses irmãos que já desencarnaram e por apego ao mundo ou desregramento ainda necessitam de ?sentir? a vitalidade, que só pode ser absorvida através do contato com seres encarnados ou recém-desencarnados, encontram-se a espreita, buscando se ?apropriar? de espíritos recém-desencarnados sem proteção, sugando as energias restantes do corpo físico, do duplo etérico e do perispírito.
Retiramos o seguinte trecho do livro Magia de Redenção ? Hercílio Maes, pelo espírito Ramatis, Os males do Vampirismo
"Quando o espírito desencarna, primeiramente rompe-se o cordão que liga o perispírito ao duplo etérico, e desse fato decorre a bipartição da corrente vital que flui normalmente para o organismo físico. Então, o tônus vital reflui em parte para o perispírito, enquanto a outra converge para o cadáver e depois desintegra-se no túmulo, ou então é absorvida no processo de vampirismo pelos espíritos subvertidos. Certa percentagem do tônus vital também é absorvida pela própria terra, pois ele é fortemente constituído de éter-físico"
As palavras de Ramatís são confirmadas por André Luiz no livro Obreiros da Vida Eterna,
"Jerônimo examinou-o e auscultou-o, como clínico experimentado.Em seguida, cortou o liame final, verificando-se que Dimas, desencarnado, fazia agora o esforço do convalescente ao despertar, estremunhado, findo longo sono.
Somente então notei que, se o organismo perispirítico recebia as últimas forças do corpo inanimado, este, por sua vez, absorvia também algo de energia do outro, que o mantinha sem notáveis alterações.
...
- Nossa função, acompanhando os despojos ? esclareceu ele, afavelmente, não se verifica apenas no sentido de exercitar o desencarnado para os movimentos iniciais da libertação. Destinase também à sua defesa. Nos cemitérios costuma congregar-se compacta fileira de malfeitores, atacando vísceras cadavéricas, para subtrair-lhes resíduos vitais.
...
Logo após, ante meus olhos atônitos, Jerônimo inclinou-se piedosamente sobre o cadáver, no ataúde momentaneamente aberto antes da inumação, e, através de passes magnéticos longitudinais, extraiu todos os resíduos de vitalidade, dispersando-os, em seguida, na atmosfera comum, através de processo indescritível na linguagem humana por inexistência de comparação analógica, para que inescrupulosas entidades inferiores não se apropriassem deles.?
6. As Sensações
6.1 Sensações Antes do Desenlace
Os laços que prendem o espírito ao corpo físico como se "afrouxam" durante doenças prolongadas que antecipam a morte do corpo físico, por isso, os moribundos desdobram com facilidade para a devida preparação junto à equipe responsável pelo seu desenlace.
Alguns espíritos que morrem em acidentes trágicos sentem antecipadamente o fim que os aguarda, sofrendo grande angústia no coração, muitas vezes inexplicáveis naquele momento, de alguma forma sabem o que os espera, contudo, nunca imaginam que um acidente os aguarda.
6.2 Sensações Durante o Desenlace
As variações de sensações durante o desligamento são muitas, sempre vinculadas ao padrão espiritual do desencarnante e ao seu apego ao mundo material.
Muitos se despedem do mundo sem obstáculos e sem desagradáveis incidentes. Inúmeras almas dormem longuíssimos sonos, outras nada percebem, na inconsciência infantil em que vazam as impressões.
Porém, para aqueles que já possuem uma certa evolução, as sensações são muitas e pouco agradáveis pelo que pude perceber nos livros.
O principal motivo para as perturbações que ocorrem durante o processo de desencarne é o padrão vibratório dos amigos e familiares que estão em volta do leito de morte.
Primeiro são os choros, chamados, gritos, angustias, medo, saudade e etc...
Depois, além desses sentimentos, temos as conversas egoístas ou de baixo padrão vibratório.
É fato que a vibração energética emitida pelos entes encarnados é de profunda influência no espírito em libertação.
Estamos considerando o período de desenlace do seu início até o rompimento do cordão de prata.
Durante esse meio tempo o espírito fica meio consciente (espíritos de média evolução), sente-se fraco, facilmente influenciável pelo ambiente, não consegue raciocinar direito e pode sentir as sensações da doença que o levou ao desencarne (caso não consiga manter o padrão vibratório superior).
Alguns que se encontram despertos são colocados para dormir para que o impacto das energias negativas não seja sentido, outros, são levados para a praia ou cachoeira para receberem as emanações positivas da natureza. Cada caso é um caso, onde o merecimento e o desprendimento são variáveis de grande peso.
Não podemos deixar de citar o exame imparcial que alma faz de todos os acontecimentos de sua vida, passando pela sua tela mental todos os acontecimentos. Retirei dois trechos muito interessantes sobre esse tema.
"Um fato digno de registro é que, no momento do desencarne, seja ele repentino ou não, a pessoa vê passar ante ela toda a vida que deixa, em seus mínimos detalhes, de trás para frente, isto é, do momento atual até quando a atual existência teve principio. Processo automático em que o indivíduo em questão, como expectador, avalia, de forma crua, sem adornos, sem enganos, o que construiu de permanente para si mesmo, bem como o tempo malbaratado, gasto em ilusões."
Narcí Castro de Souza, Projetando Luz, Um Guia de Aprendizado Espiritual.
Também André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, nos fala sobre essa sensação.
"Assim como recapitula, nos primeiros dias da existência intra-uterina, no processo reencarnatório, todos os lances de sua evolução filogenética, a consciência examina em retrospecto de minutos ou de longas horas, ao integrar-se definitivamente em seu corpo sutil, pela histogênese espiritual, durante o coma ou a cadaverização do veículo físico, todos os acontecimentos da própria vida, nos prodígios de memória, a que se referem os desencarnados quando descrevem para os homens a grande passagem para o sepulcro."
6.3 Sensações Após o Desenlace
As variações de sensações após o desenlace são muitas e também estão diretamente vinculadas com a graduação espiritual e, com o estilo de vida que o espírito recém-liberto levou.
Todos os apegos, erros, divergências, prejuízos causados a outrem, vícios e etc, contribuem para "pesar" o corpo astral daquele que volta para os planos mais sutis de vida. O peso pode atrapalhar a ida para Colônias Espirituais ou Postos de Socorro, e dependo do erro pode impedir que as equipes desencarnacionistas encaminhem o recém-liberto, deixando-o ao léu.
Em casos mais graves os erros são tantos que ele acaba indo para subplanos inferiores, alguns se encontram abaixo da crosta (para maiores informações consultem o artigo O Plano Astral).
Esses "charcos" como Ramatís chama tem a finalidade de ajudar o espírito a expurgar as toxinas aderidas ao corpo espiritual, funciona como um processo de filtragem/lição para o espírito desregrado. Falaremos mais sobre esses "lugares" mais tarde.
Todos aqueles que buscaram se melhorar e fizeram o possível para deixar marcas positivas no coração dos que o acompanharam, recebem o benefício dos seus atos e pelas preces dos que ficaram são auxiliados. Regressam para Postos de Socorro ou Colônias espirituais, onde receberam o auxílio inicial para a adaptação ao novo plano de vida.
7. A Nova Vida para os que buscaram a Luz
Para os espíritos de média envergadura espiritual o desencarne é mais ou menos parecido, com maiores dificuldades para os que são vítimas de acidentes, onde o rompimento dos laços é realizado de forma abrupta.
Após o auxílio das equipes de desencarnação, eles são levados para Colônias ou Postos de Socorro que estão afins com o seu padrão vibratório.
Recebem visitas dos que partiram antes deles, que fazem o possível para ajudá-los na adaptação.
Não é possível, na maioria dos casos, visitar de pronto a família terrena, em vista dos fortes impactos que sofreria.
Após o período de adaptação eles são encaminhados para tarefas de auxílio, que podem seguir os conhecimentos e experiências de trabalhos realizados na Terra.
O cansaço é muito comum após o desencarne e o espírito se sente frágil, necessitando de alimentos e repouso (a maior parte dos espíritos medianos que vivem no astral se adaptam a extrair a vitalidade da luz).
Passes magnéticos são realizados pelos amigos espirituais, auxiliando na adaptação e o equilíbrio.
Não é comum aos espíritos de médio porte lembrarem logo após o desencarne de suas vidas anteriores, isso acontece gradualmente e varia, de acordo com a história de cada um.
Pelo que pude constatar nos livros, a volitação e velocidade de deslocamento são adquiridas com o tempo, afinal, tudo na vida é uma questão de prática.
Os espíritos recém-libertos ficam muito suscetíveis às emanações de baixo padrão vibratório, eles ainda não conseguem se isolar completamente, por isso que é tão perigoso à volta para o lar SEM A COMPANHIA E AUTORIZAÇÃO DOS INSTRUTORES ESPIRITUAIS!!!
Esse tipo de apego, que pode "tirar" o espírito da proteção dos amigos espirituais, faz correr grande risco aqueles que julgam estar na família terrena a única forma de felicidade. No livro Sexo e Destino, de Francisco Cândido Xavier, temos o exemplo de uma senhora, que após seis meses de adaptação ao plano espiritual resolveu voltar ao seu lar, visitando os entes queridos, contudo, não suportou o impacto das notícias arrebatadoras e entrou em colapso, tendo que ser transferida para hospitais psiquiátricos existentes no plano espiritual.
8. O sofrimento dos Suicidas (Conscientes e Inconscientes)
Como foi falado no tópico sobre reencarnação, todos temos mais ou menos um tempo de vida, onde foi planejado um conjunto de resgates, encontros, lições e etc.
Esses acontecimentos podem ser entendidos como tendências da sua vida e não como destino, ou seja, tudo isso será atraído para você, os resgates podem ser minimizados ou até evitados pelo seu “estilo” de vida. No caminho contrário, os benefícios podem não chegar até você, pelo mau uso dos bens materiais e espirituais concedidos ou pela cegueira espiritual em que o encarnado se encontra.
O suicida não tem o direito de tirar a sua vida.
Não foi o espírito que criou a vida, a vida é um “milagre” do criador, que dá a oportunidade de crescimento para seus queridos filhos. Somente ele, em sua sabedoria infinita tem o direito de retirá-la.
Com ou sem dificuldades, muito doente ou cheio de vícios e erros, abandonado ou demasiadamente idolatrado... Não existe desculpa para o suicídio.
O espírito ficará em estado de sofrimento e só poderá ser resgatado pelos amigos espirituais quando o tempo estipulado para sua vida terminar.
Isso não é uma regra absoluta, existem variáveis que podem minimizar ou até compartilhar com outros a responsabilidade do suicídio, contudo, isso é o que acontece na maioria dos casos.
O suicida pode ficar ligado aos seus restos mortais e sentir a sensação da decomposição do seu corpo físico, isso acontece porque o fio de ligação não foi devidamente rompido, o corpo está morto para o mundo, contudo, o espírito continua ligado.
O sofrimento após a morte daquele que se suicida não é interminável, mas, para aquele que sofre parecerá não ter fim. A grande maioria entra em estado de loucura, porque revive a todo o momento o ato que realizou. Na sua tela mental ele revive os últimos momentos e sente a dor e o sofrimento que causou a si mesmo. Mergulhando em um mundo de alienação ele não enxerga quase nada a sua volta, não consegue sentir a presença daqueles que o visitam periodicamente para orar em seu favor.
O suicida também é presa fácil dos espíritos trevosos, que sugam sua vitalidade.
Em alguns livros nos é falado sobre o Vale dos Suicidas, lugar para onde são “atraídos” os irmãos que decidem abandonar o corpo pela própria vontade. Após a leitura de vários livros, acredito que os suicidas podem ser levados a diferentes tipos de regiões do astral inferior, tudo depende dos agravantes e atenuantes de sua responsabilidade e dos atos cometidos durante a vida.
Religioso ou Ateu, Rico ou Pobre, Poderoso ou Desconhecido, Médium ou Padre, todo aquele que se suicidar sentirá o peso cruel do próprio ato. Conhecendo ou não o plano espiritual ele experimentará a alienação do seu próprio assassinato.
PARA AQUELES QUE CONHECEM UM POUCO DO PLANO ESPIRITUAL, NÃO ACONSELHO A FICAR PENSANDO.... COMO SERIA BOM IR PARA O OUTRO LADO!!! OU EU QUERO MORRER PARA VIVER NO MUNDO DOS ESPÍRITOS!!!
O pensamento é matéria de outro plano, a vontade do espírito é força criadora, se você pensar em morrer, você acabará morrendo e se tornará um suicida inconsciente, passando pelos mesmo sofrimentos do suicida consciente.
Aqueles que são viciados em álcool, cigarros, drogas e etc, acabam diminuindo o seu tempo de vida, e também estão sujeitos a esse tipo de sofrimento depois da morte. André Luiz, no livro Nosso Lar, mostra com suas próprias palavras o sofrimento de um suicida inconsciente (ele próprio), como era considerado:
" Eu guardava a impressão de haver perdido a idéia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito.
Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos.
Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis?
Impossível esclarecer.
Sentia-me, na verdade, amargurado duende nas grades escuras do horror. Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia a
voz estentórica, lamentos mais comovedores, que os meus, respondiam-me aos clamores. Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente. Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura. Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o assombro. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe.
E a estranha viagem prosseguia... Com que fim? Quem o poderia dizer? Apenas sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviame todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro!
Atormentava-me a consciência: preferiria a ausência total da razão, o não-ser.
De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção do sono.
Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me, irônicos; era imprescindível fugir deles.
 "
9. A Nova Vida para os Assassinos, Caluniadores, etc.
Compartilharei uma conclusão que tive após ler vários livros sobre desencarnação.
Todas as pessoas que prejudicam outras, sentem um “certo” remorso, contudo, a grande maioria ignora essa "voz interior", o impacto dela é muito pequeno, a culpa vem, mas logo o encarnado consegue se desfazer do pensamento, realizando outros atos maldosos ou continuando a sua vida.
Contudo, após a morte tudo fica diferente, não é mais uma “voz interior” e sim um Grito Ensurdecedor da Alma que transfere para o desencarnado toda a consciência de culpa do erro cometido. A sensação de “culpa” dos desencarnados é implacável, ele não consegue mais ignorar esse sentimento, já que não possui mais o corpo físico para aliviar os impactos emocionais.
Bom, podemos concluir então que aquele que prejudica alguém, no fundo, sempre se sente culpado, mesmo que não admita, e é essa culpa a brecha para todos os tipos de sofrimento que ele padecerá, enquanto continuar encarnado e também após o seu desencarne, caso não mude a sua postura.
Vamos então exemplificar no caso do assassino... Se o João mata o Pedro, Pedro continua existindo, só que em outro plano. Se o Pedro for um espírito bondoso e com algum discernimento espiritual ele perdoará João e seguirá o seu caminho, alcançando esferas de luz e amor. No entanto, a “brecha” de João continua e ele será obsediado, através dessa “culpa” interior por espíritos das trevas, que serão atraídos por esse tipo de vibração.
Existem legiões de espíritos que se julgam “justiceiros”, acham que tem o direito de fazer sofrer aqueles que praticaram maldade, seja por motivo de vingança, seja por motivo de justiça. Espíritos amigos nem sempre podem interceder, já que o faltoso tem compromissos graves com as leis divinas.
O João também pode se tornar um joguete de espíritos maldosos que o manipularão para realizar outras maldades, da obsessão se tornará possessão e após a morte o João se tornará escravo desses espíritos manipuladores.
Uma outra possibilidade é Pedro não ser um espírito bondoso, e, se tornar completamente fechado as inspirações de amor e perdão que serão passadas pelos espíritos amigos.
Ele perseguirá João de todas as formas possíveis. Como João possui uma dívida, ou seja, uma brecha cármica com Pedro, aos poucos Pedro conseguirá obsediar João e fará de tudo para que sofra até os últimos dias de sua vida. Provavelmente espíritos trevosos, hipnotizadores, vampiros, obsessores, manipuladores se aproximarão de Pedro, ensinando-o várias técnicas de obsessão.
Pedro esperará João e quando esse morrer, realizará toda sorte de maldades. O fim desse ciclo, que necessitará provavelmente do renascimento do grupo envolvido, só ocorre através do auxilio de instrutores abnegados, que com paciência e amor esperam que os vingadores “cansem” de fazer maldades e que o “faltoso” esteja apto a ser ajudado.
Chegamos a conclusão que aquele que se compromete na Terra por prejudicar alguém sente um peso tão grande da culpa que isso o impede de ser levado para regiões de Luz.
Se desejar mudar o seu destino terá que acordar para a verdade e, além disso, se sentir merecedor de uma nova chance.
Buscamos mostrar, em aspectos gerais o que acontece, lembrando que cada caso tem suas características próprias.
Um assassino pode mudar todo o rumo de sua vida. No caso de se arrepender ele pode dedicar sua vida ao amor, a paz e a solidariedade. Modificando completamente o seu campo vibratório ele poderá modificar a brecha cármica que abriu.
Embora não se eximindo de sua responsabilidade, que um dia será cobrada pela justiça divina, ele prepara a colheita para a vida após a morte, podendo assim receber a ajuda das equipes espirituais. Todos temos a chance de modificar nossas vidas, ninguém nasceu para sofrer, a Luz do Amor Divino pode ser alcançada por todos.
Retiramos a seguinte passagem do livro Voltei, do Irmão Jacob:
"... Disse que o irmão em crise realmente fora homicida em outra época, mas trabalhara em favor da regeneração própria e a bem da Humanidade, com tamanho valor, nos últimos 30 anos da existência, que merecera carinhosa proteção dos orientadores de mais alto..."
Do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, retiramos o seguinte trecho:
"Criminosos que mal ressarciram os débitos contraídos, instados pelo próprio arrependimento, plasmam, em torno de si mesmos, as cenas degradantes em que arruinaram a vida íntima, alimentando-as à custa dos próprios pensamentos desgovernados.
Caluniadores que aniquilaram a felicidade alheia vivem pesadelos espantosos, regravando nas telas da memória os padecimentos das vítimas, como no dia em que as fizeram descer para o abismo da angústia, algemados ao pelourinho de obsidentes recordações.
Tiranetes diversos volvem a sentir nos tecidos da própria alma os golpes que desferiram nos outros...".

10. O Desencarne de seres Altamente Evoluídos
Os seres altamente evoluídos, como os Mestres e Santos, conseguem realizar por vontade própria o desligamento do seu corpo físico.
Se assim for a vontade do homem auto-realizado, ele pode se desligar do corpo com tal velocidade e de tal forma que as poderosas energias que circulam pelo seu corpo etérico são absorvidas pelo corpo cadavérico, mantendo por longo tempo o corpo coeso.
Esses seres nada sofrem porque não vivem na terra, mas mergulhados no na infinita consciência divina, eles não são mais iludidos por maya (a grande ilusão) e por isso partem para planos mais sutis, podendo habitar planos acima do astral.

11. A Nova Vida para os médiuns
Coloquei esse item por saber toda curiosidade e mistério que circundam aqueles que são médiuns.
O médium não foge a nenhuma regra que expomos aqui. Ele está sujeito as mesmas energias de atração, apego e conduta.
Contudo, a boa, má ou não utilização dos dons que recebeu influenciam e muito no que acontecerá após o desencarne.
O que utilizou de forma produtiva a sua mediunidade, ajudando os que sofrem receberá o benefício da intercessão dos que o amam e sentirá o valor das preces que receberá durante o período de desencarne.
O que não utilizou para nada a sua mediunidade estará sujeito ao seu apego e conduta, contudo, assim que sua consciência se dilatar ele sentirá uma frustração imensa por não ter utilizado o benefício QUE ELE SOLICITOU para ajudar o próximo.
O que utilizou a mediunidade com objetivos egoístas e para benefício próprio fica entregue aos espíritos de baixo padrão com que se afinizou durante a vida. Muito provavelmente será explorado de todas as formas possíveis, pois os espíritos que durante a sua vida atenderam seus pedidos, agora se acham no direito de utilizá-lo da maneira que acharem melhor.

12. As sensações físicas, vícios após a Morte – A nova vida dos viciados
O título aqui não fala somente sobre os viciados em Álcool, Fumo ou Drogas, também estão envolvidos os que são apegados a qualquer tipo de “sensação” experimentada na terra.
Os desejos estão no espírito e não no corpo físico, por isso, a maior parte dos recém-desencarnados continua sentindo os "desejos" físicos, sejam eles a fome, a sede, as compulsões, a sexualidade e etc.
Ramatís nos fala de forma clara sobre isso no livro Fisiologia da Alma
"...Na verdade, os vícios terrenos não devem ser encarados como "pecados" ofensivos a Deus, mas apenas como grandes obstáculos e empecilhos terríveis que, em seguida à desencarnação, se transformam em uma barreira indesejável mantendo o espírito desencarnado sob o comando das sensações inferiores..."
Embora fumar ou beber não represente sofrimento para os espíritos após a morte, o vício o incomodará. Sendo uma alma amorosa e com algum discernimento espiritual, ela sofrerá da abstinência como qualquer outro espírito e terá que escolher entre os dois possíveis caminhos dos viciados após a morte:
- Lutar contra si mesmo e abandonar o vício, mesmo que esse o acompanhe por algum tempo.
- Se tornar um vampiro das emanações geradas por encarnados. Encarnados viciados em cigarro enviam para o astral, da quebra das toxinas, elementos tóxicos, que são absorvidos por esses ObsessoresVampiros. Como a absorção do vampiro é menor e o seu vício é tão intenso quanto o do encarnado, ele o estimula a cada vez tragar ou ingerir mais elementos tóxicos. Os viciados em sexo também emanam energias de baixo padrão que são absorvidas pelos ObsessoresVampiros das sensações sexuais e assim temos toda sorte de atração entre viciados encarnados e vampiros que se afinizam com aquele tipo de vicio.
Em vários livros podemos constatar a dificuldade dos espíritos recém-libertos de se desvencilhar do condicionamento físico, sejam os vícios da sede, forme ou sexo. Conforme o espírito vai se desligando da sua última encarnação e dos laços físicos, o seu teor vibratório muda e com isso as sensações vão se extinguindo ou conseguem pelo menos ser controladas, tudo vai depender do esforço e grau de evolução do espírito, não existe regra.
As toxinas aderidas ao corpo através, por exemplo, do fumo "grudam" no períspirito, ou como chamamos também, corpo astral. Essas toxinas vão dificultando o contato com os corpos superiores e com os amigos de mais alto padrão vibratório. O espírito tem dificuldade de contato superior e além disso, está carregado de energias tóxicas.
Quando ele desencarna, essas energias continuam "grudadas" no corpo astral, elas precisam ser expurgadas.
Alguns moribundos ficam acamados dias, as vezes meses. Embora isso seja muito difícil para ele e para a família, esse tempo hospitalizado PODE ser utilizado como uma benção, para expurgar as energias deletérias agregadas ao corpo espiritual.
Se o espírito tem um coração puro e é merecedor da ajuda espiritual podem acontecer coisas interessantes como a que li em um livro que não me lembro o nome, onde uma senhora, merecedora de carinho infinito por muitos, recebeu a proteção espiritual depois do desencarne até que seu corpo espiritual expurgasse as toxinas aderidas por causa do seu vício.
Vale lembrar que são poucos os casos de pessoas que conseguem manter o padrão vibratório alto, tendo um vício, para a maioria dos casos a morte vem como um BASTA para o seu vício e isso não é muito bem aceito.
É importante o espírito encarnado entender as conseqüências do seu vício, porque hoje ele é obsediado, mas amanhã ele se tornará o obsessor.
Retiramos o trecho abaixo do livro Mensageiros, de André Luiz para uma meditação sobre o desregramento de muitos durante a vida:
- Notam-se, de fato, grandes lacunas na expressão mental do moribundo. Vê-se que atravessou a vida humana obedecendo mais ao instinto que à razão. Observam-se-lhe no mundo celular vastos complexos de indisciplina. Poderemos, contudo, ajudá-lo a desvencilhar-se dos laços mais fortes, no que se refere ao círculo carnal.
- Será um caridoso obséquio — redargüiu a genitora, aflita.
- A irmã está incumbida de encaminhá-lo? — perguntou o instrutor, compreendendo a magnitude da tarefa. — Precisamos ponderar, quanto a isto, porque o desprendimento integral se verificará dentro de poucos minutos.
Ela esboçou um gesto triste e respondeu:
- Desejaria sacrificar-me ainda um pouco por meu desventurado Fernando, mas apenas obtive permissão para socorrê-lo nos seus últimos instantes. Meus superiores prometem ajudá-lo, mas aconselharam-me a deixá-lo entregue a si mesmo durante algum tempo. Fernando precisa reconsiderar o passado, identificar os valores que, infelizmente, desprezou. As lágrimas e os remorsos, na solidão do arrependimento, serão portadores de calma ao seu espírito irrefletido. Grande é o meu desejo de conchegá-lo ao coração, regressando aos dias que já se foram; todavia, não posso prejudicar, com a minha ternura materna, a marcha do serviço divino. Fernando, em verdade, é filho do meu afeto; contudo, tanto ele como eu, temos contas com a Justiça do Eterno e, no que respeita a mim, estou cansada de agravar os meus débitos.
Não devo contrariar os desígnios de Deus. "
Do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, retiramos o seguinte trecho:
" ... e os viciados de toda sorte, quais os dipsômanos e morfinômanos, experimentam agoniada insatisfação, qual ocorre também aos desequilibrados do sexo, que acumulam na organização psicossomática as cargas magnéticas do instinto em desvario, pelas quais se localizam em plena alienação.".


13. O Apego ao Corpo físico
Esse tópico é parecido com o anterior, contudo, sobre esse tema encontrei o fascinante trecho no livro Nosso Lar, de André Luiz:
"Regressando ao contacto direto com os enfermos, notei Narcisa a lutar heroicamente por acalmar um rapaz que revelava singulares distúrbios.
Procurei ajudá-la.
O pobrezinho, de olhos perdidos no espaço, gritava, espantadiço:
- Acuda-me, por amor de Deus! Tenho medo, medo!...
E, olhar esgazeado dos que experimentam profundas sensações de pavor, acentuava:
- Irmã Narcisa, lá vem "ele"!, o monstro! Sinto os vermes novamente!
"Ele"! "Ele"!. . . Livre-me "dele" irmã! Não quero, não quero!...
- Calma, Francisco - pedia a companheira dos infortunados -, você vai libertar-se, ganhar muita serenidade e alegria, mas depende do seu esforço.
Faça de conta que a sua mente é uma esponja embebida em vinagre. É necessário expelir a substância azeda. Ajudá-lo-ei a fazê-lo, mas o trabalho mais intenso cabe a você mesmo.
O doente mostrava boa-vontade, acalmava-se enquanto ouvia os conceitos carinhosos, mas volvia à mesma palidez de antes, prorrompendo em novas exclamações.
- Mas, irmã, repare bem... "ele" não me deixa. Já voltou a atormentarme! Veja, veja!...
- Estou vendo-o, Francisco - respondia ela, cordata -, mas é indispensável que você me ajude a expulsá-lo.
- Este fantasma diabólico!... - acrescentava a chorar como criança, provocando compaixão.
- Confie em Jesus e esqueça o monstro - dizia a irmã dos infelizes, piedosamente -, vamos ao passe.
O fantasma fugirá de nós. E aplicou-lhe fluidos salutares e reconfortadores, que Francisco agradeceu, manifestando imensa alegria no olhar.
- Agora - disse ele, finda a operação magnética -, estou mais tranqüilo.
Narcisa ajeitou-lhe os travesseiros, mandou que uma serva lhe trouxesse água magnetizada.
Aquela exemplificação da enfermeira edificava-me. O bem, como o mal, em toda parte estabelece misterioso contágio.
Observando-me o sincero desejo de aprender, Narcisa aproximou-se mais, mostrando-se disposta a iniciar-me nos sublimes segredos do serviço.
- A quem se refere o doente? - indaguei, impressionado. Está, porventura, assediado por alguma sombra invisível ao meu olhar?
A velha servidora das Câmaras de Retificação sorriu carinhosamente e falou:
- Trata-se do seu próprio cadáver.
- Que me diz? - tornei, espantado.
- O pobrezinho era excessivamente apegado ao corpo físico e veio para a esfera espiritual após um desastre, oriundo de pura imprudência.
Esteve, durante muitos dias, ao lado dos despojos, em pleno sepulcro, sem se conformar com situação diversa. Queria firmemente levantar o corpo hirto, tal o império da ilusão em que vivera e, nesse triste esforço, gastou muito tempo. Amedrontava-se com a idéia de enfrentar o desconhecido e não conseguia acumular nem mesmo alguns átomos de desapego às sensações físicas. Não valeram socorros das esferas mais altas, porque fechava a zona mental a todo pensamento relativo à vida eterna. Por fim, os vermes fizeram-lhe experimentar tamanhos padecimentos que o pobre se afastou do túmulo, tomado de horror. Começou, então, a peregrinar nas zonas inferiores do Umbral; no entanto, os que lhe foram pais na Terra possuem aqui grandes créditos espirituais e rogaram sua internação na colônia.
rouxeram-no os Samaritanos, quase à força. Seu estado, contudo, é ainda tão grave que não poderá ausentar-se, tão cedo, das Câmaras de Retificação. O amigo, que lhe foi genitor na carne, está presentemente em arriscada missão, distante de "Nosso Lar".
- E vem visitar o doente? - perguntei.
- Já veio duas vezes e experimentei grande comoção, observando-lhe o sofrimento, discreto. Tamanha é a perturbação do rapaz, que não reconheceu o pai generoso e dedicado. Gritava, aflito, mostrando a demência dolorosa. O genitor, que veio vê-lo em companhia do Ministro Pádua, do Ministério da Comunicação, pareceu muito superior à condição humana, enquanto se encontrava com o nobre amigo que obtivera hospitalidade para o filho infeliz. Demoraram-se bastante, comentando a situação espiritual dos recém-chegados dos círculos carnais. Mas, quando o Ministro Pádua se retirou, compelido por circunstâncias de serviço, o pai do rapaz me pediu lhe perdoasse o gesto humano e ajoelhou-se diante do enfermo. Tomou-lhe as mãos, ansioso, como se estivesse a transmitir vigorosos fluidos vitais, e beijou-lhe a face, chorando copiosamente. Não pude conter as lágrimas e retirei-me, deixando-os a sós Não sei o que se passou, em seguida, entre ambos; mas notei que Francisco, desde esse dia, melhorou bastante. A demência total reduziu-se a crises que são, agora, cada vez mais espaçadas."
Influências Externas
Durante o Desencarne
A principal dificuldade do recém-desencarnado é a adaptação ao impacto das energias astrais, o choque é muito forte e pensamentos e emoções dele ou de pessoas próximas o atingem com facilidade.
Essa fragilidade faz com que os irmãos que ficam aqui na Terra tenham grande importância na ajuda aos que voltam para o plano espiritual.
A fragilidade do espírito é maior até o momento em que o cordão de prata é rompido, e, infelizmente esse é o período de maior emissão de sofrimento pelos irmãos encarnados. Através desse último laço de união eles podem receber os choques desagradáveis das lembranças e das emanações de sofrimento dos que se encontram encarnados.
Além disso, muitos falam mal dos que se foram, relembrando acontecimentos de sua vida.
Essa é A PIOR POSTURA que qualquer um pode ter, se não tiver o que falar, FIQUE QUIETO, mas não fale sobre assuntos de baixo padrão vibratório, PRINCIPALMENTE se envolve o moribundo.
Duas coisas acontecem quando os INVIGILANTES decidem fazer a sua parte.
A primeira é o incômodo que começa a ser sentido pelo espírito, que mesmo quando possui merecimento para auxílio, não está isento das energias hostis enviadas pelos seus irmãos.
A segunda é a atração de espíritos de baixo padrão vibratório envolvidos nas conversas, que podem vir pedir perdão ou cobrar pelo erro do moribundo. Qualquer uma das opções é prejudicial para quem está preste a se libertar.
Sobre esse tema retiramos o seguinte trecho do livro Obreiros da Vida Eterna:
"As imagens contidas nas evocações das palestras incidem sobre a mente do desencarnado, mantido em repouso depois de rápido mergulho na contemplação dos fatos alusivos à existência finda. Não somente as imagens. Por vezes, nossos amigos presentes, fecundos nas conversações sem proveito. exumem, com tamanho calor, a lembrança de certos fatos, que trazem até aqui alguns dos protagonistas já desencarnados."
A melhor postura durante o desencarne é a prece, o silêncio e assuntos que não comprometam o padrão vibratório do ambiente.

Após o Desencarne
Após o desencarne o espírito também fica suscetível às vibrações dos familiares. Quando estes, em desequilíbrio, ficam chamando por ele, ocorre uma atração muito forte e o espírito recebe esse impacto de forma violenta, porque ainda está em período de adaptação.
Diferente do que muitos pensam, se o espírito recém-liberto voltar para o lar ele sofrerá junto com os familiares e de forma inconsciente se tornará obsessor dos seus entes queridos. Nos casos de doença pode até acontecer de um dos encarnados começar a sentir as dores que o moribundo sofria. Nesse caso ele se torna obsessor.
Retiramos o seguinte trecho do livro Voltei para exemplificar:
"... bastou que me entregasse à quietação para que certo fenômeno auditivo e visual me perturbasse as fibras mais íntimas.
Vi perfeitamente, qual se estivessem dentro de mim, as filhas queridas, então na Terra, e alguns poucos amigos, que deixara no mundo, dirigindo-me palavras de saudade e carinho.
- Pai querido! Diga-me se você ainda vive! Desfaça minhas dúvidas, ensine-me o caminho, venha até mim!
Era a voz de uma delas a interpelar-me.
O amoroso chamamento ameaça-me o equilíbrio. Minha razão periclitou por segundos. Onde me encontrava? Contemplava-a ao meu lado, queria beijar-lhe as mãos, expressando-lhe reconhecimento pela imensa ternura, mas debalde a buscava.
Ainda me não desembaraçara do inolvidável momento de estranheza, quando um médium de minhas relações apareceu igualmente no quadro.
- Meu amigo! Fale-nos, conforte-nos!.. – rogou comovidamente.
Ia gritar, suplicando socorro. Todavia, o Irmão Andrade, mais prestativo e prudente que eu poderia supor, abeirou-se de mim e cientificou-me de que aquele era fenômeno da sintonia espiritual, comum a todos os recém-desencarnados que deixam laços de coração, na retaguarda....
... asseverou que, aos poucos, saberia controlar o fenômeno das solicitações terrestres, canalizando-lhes as possibilidades para trabalho de elevação."

Conselhos Para quem Perdeu Recentemente Pessoas Próximas
Como foi falado no item Após o Desencarne, o espírito que desencarna sofre inicialmente o impacto dos pensamentos e emoções dos encarnados que estavam ligados a ele. Tanto os pensamentos de revolta e vingança quanto os de angústia e saudade chegam até ele.
Após algum tempo desencarnado ele aprende a lidar com essas vibrações.
O nosso conselho para quem perdeu alguém que ama é rezar por ele, pedindo ao Pai que o proteja e ampare onde ele estiver, PRONTO, SÓ ISSO e CHEGA!!
Aprendamos a acreditar REALMENTE na vida e eterna e na reencarnação, pois que nosso desequilíbrio traz sofrimento para aquele que amamos.
Dependendo do grau de evolução do espírito ele poderá voltar a visitar seus familiares na terra, assim que se restabelecer.
Existem Centros, como o que freqüento (Fraternidade Francisco de Assis, Casa de Bezerra de Menezes, Irajá – RJ) que realizam reuniões de preces para os desencarnados.

Formas de Desencarne
Desencarne em Acidentes e Coletivo
"... Salvo nos casos de desastres ou mortes violentas, em que a intervenção dos técnicos assistentes se registra só depois da morte do corpo, as demais desencarnações devem se subordinar gradativamente a várias operações liberatórias, em diversas etapas, como tenho observado nas oportunidades que me foram dadas para apreciar o fenômeno."
A vida Além da Sepultura, pelo Médium Hercílio Maes, ditado por Atanagildo e Ramatís.
A grande maioria dos desencarnes por acidentes são resgates do espírito, não podemos englobar todos os desencarnes, mas podemos garantir que em sua maioria tinham uma “grande chance” de ocorrer com o espírito que desencarnou.
Na minha opinião, e isso eu não li em lugar algum, os desencarnes coletivos são resgates cármicos para o grupo de pessoas que participa de uma tragédia, elas não participaram necessariamente do mesmo erro, contudo, partilham da mesma dor e sofrimento para saldar suas dívidas com a Justiça Divina, que a ninguém prejudica.
Segue abaixo um trecho do livro Ação e Reação, de Francisco Candido Xavier.
Sob a crista de serra alcantilada e selvagem, destroços de grande aeronave guardavam consigo as vítimas do acidente. Adivinhava-se que o piloto, certamente enganado pelo traiçoeiro oceano de espessa bruma, não pudera evitar o choque com os picos graníticos que se salientavam na montanha, silenciosos e implacáveis, à maneira de medonhos torreões de fortaleza agressiva.
Em pleno quadro inquietante, um ancião desencarnado, de semblante nobre e digno, formulava requerimento comovedor, rogando à Mansão a remessa de equipe adestrada para a remoção de seis das catorze entidades desencarnadas no doloroso sinistro
.
...
Cientes de que o generoso mentor poderia dispensar-nos mais tempo, aproveitamos o ensejo para versar a questão das provas coletivas.
Hilário abriu campo livre ao debate, perguntando, respeitoso, por que motivo era rogado o auxílio para a remoção de seis dos desencarnados, quando as vítimas eram catorze.

Druso, no entanto, replicou em tom sereno e firme:
- O socorro no avião sinistrado é distribuído indistintamente, contudo, não podemos esquecer que se o desastre é o mesmo para todos os que tombaram, a morte é diferente para cada um. No momento serão retirados da carne tão-somente aqueles cuja vida interior lhes outorga a imediata liberação. Quanto aos outros, cuja situação presente não lhes favorece o afastamento rápido da armadura física, permanecerão ligados, por mais tempo, aos despojos que lhes dizem respeito.

- Quantos dias? - clamou meu colega, incapaz de conter a emoção de que se via possuído.

- Depende do grau de animalização dos fluidos que lhes retêm o Espírito à atividade corpórea - respondeu-nos o mentor. - Alguns serão detidos por algumas horas, outros, talvez, por longos dias... Quem sabe? Corpo inerte nem sempre significa libertação da alma. O gênero de vida que alimentamos no estágio físico dita as verdadeiras condições de nossa morte. Quanto mais chafurdamos o ser nas correntes de baixas ilusões, mais tempo gastamos para esgotar as energias vitais que nos aprisionam à matéria pesada e primitiva de que se nos constitui a instrumentação fisiológica, demorando-nos nas criações mentais inferiores a que nos ajustamos, nelas encontrando combustível para dilatados enganos nas sombras do campo carnal, propriamente considerado. E quanto mais nos submetamos às disciplinas do espírito, que nos aconselham equilíbrio e sublimação, mais amplas facilidades conquistaremos para a exoneração da carne em quaisquer emergências de que não possamos fugir por força dos débitos contraídos perante a Lei. Assim é que "morte física" não é o mesmo que "emancipação espiritual".

- Isso, no entanto - considerei -, não quer dizer que os demais companheiros acidentados estarão sem assistência, embora coagidos a temporária detenção nos próprios restos.

- De modo algum - ajuntou o amigo generoso -, ninguém vive desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo. Os irmãos que se demoram enredados em mais baixo teor de experiência física compreenderão, gradativamente, o socorro que se mostram capazes de receber.

- Todavia - reparou Hilário -, não serão atraídos por criaturas desencarnadas, de inteligência perversa, já que não podem ser resguardados de imediato?
Druso estampou significativa expressão facial e ponderou:
- Sim, na hipótese de serem surdos ao bem, é possível se rendam às sugestões do mal, a fim de que, pelos tormentos do mal, se voltem para o bem. No assunto,
entretanto, é preciso considerar que a tentação é sempre uma sombra a atormentar-nos a vida, de dentro para fora. A junção de nossas almas com os poderes infernais verifica-se em relação com o inferno que já trazemos dentro de nós.
A explicação não poderia ser mais clara
.”
Temos outro trecho que mostra do compromisso assumido pelos espíritos que seriam vítimas de acidentes:
...suplicaram, ao revés, o retorno ao campo dos homens, no qual acabam de pagar o débito a que aludimos.
- Como? - indagou Hilário, intrigado.
- Já que podiam escolher o gênero de provação, em vista dos recursos morais
amealhados no mundo íntimo - informou o orientador -, optaram por tarefas no campo da aeronáutica, a cuja evolução ofereceram as suas vidas. Há dois meses regressaram às nossas linhas de ação, depois de haverem sofrido a mesma queda mortal que infligiram aos companheiros de luta no século XV.
- E o nosso caro instrutor visitou-os nos preparativos da reencarnação agora
terminada? - inquiri com respeito.
- Sim, por várias vezes os avistei, antes da partida. Associavam-se a grande
comunidade de Espíritos amigos, em departamento específico de reencarnação, no qual centenas de entidades, com dívidas mais ou menos semelhantes às deles, também se preparavam para o retorno á carne, abraçando, assim, trabalho redentor em resgates coletivos.
- E todos podiam selecionar o gênero de luta em que saldariam as suas contas? -
perguntei, ainda, com natural interesse.
- Nem todos - disse Druso, convicto. – Aqueles que possuíam grandes créditos morais, qual acontecia aos benfeitores a que me reporto, dispunham desse direito.
Assim é que a muitos vi, habilitando-se para sofrer a morte violenta, em favor do progresso da aeronáutica e da engenharia, da navegação marítima e dos transportes terrestres, da ciência médica e da indústria em geral, verificando, no entanto, que a maioria, por força dos débitos contraídos e consoante os ditames da própria consciência, não alcançava semelhante prerrogativa, cabendo-lhe aceitar sem discutir amargas provas, na infância, na mocidade ou na velhice, através de acidentes diversos, desde a mutilação primária até a morte, de modo a redimir-se de faltas graves.

Desencarne por Doença
Diferentemente do que muitos pensam, o desencarne por doença, em alguns casos, é uma benção, que auxilia ao espírito repensar sua vida, perdoar e pedir para ser perdoado, ocorrendo até reconciliação entre desafetos.
Existem também espíritos que expurgam suas energias deletérias durante o período que fica hospitalizado, limpando seu organismo perispiritual das toxinas adquiridas pelo vício ou desregramento.
Impossibilitado de exercer seu vício ou desregramento, as energias deletérias que estavam aderidadas ao veículo etérico e astral são drenadas e se o espírito sabe aproveitar esses momentos finais para se reequilibrar, ele parte para o plano espiritual sem ter que expurgar as energias deletérias em zonas inferiores do Plano Astral.
Contudo, nada adianta se o paciente passa todo o tempo final da sua vida em estado de revolta e agonia, aliás, ele pode nesse caso piorar a sua situação.
Retiramos o trecho abaixo do livro Missionários da Luz, de Francisco Cândido Xavier:
" ... Raramente os companheiros encarnados, quando em excelentes condições de saúde física, podem compreender as aflições dos enfermos em posição desesperadora ou dos moribundos prestes a partir. Nós outros, porém, no quadro de realidades mais fortes, sabemos que, muitas vezes, é possível efetuar realizações deveras sublimes, de natureza espiritual, em poucos dias, nessas circunstâncias, depois de largos anos de atividades inúteis. No leito da morte, as criaturas são mais humanas e mais dóceis. Dir-se-ia que a moléstia intransigente
enfraquece os instintos mais baixos, atenua as labaredas mais vivas das paixões inferiores, desanimaliza a alma, abrindo-lhe, em torno, interstícios abençoados por onde penetra infinita luz. E a dor vai derrubando as pesadas muralhas da indiferença, do egoísmo cristalizado e do amor-próprio excessivo. Então, é possível o grande entendimento. Lições admiráveis felicitam a criatura que,
palidamente embora, percebe a grandeza da herança divina. Acentua-se-lhe o heroísmo e gravam-se-lhe no coração, para sempre, mensagens vivas de amor e sabedoria. Na noite espessa da agonia começa a brilhar a aurora da vida eterna. E aos seus clarões indistintos, nossos princípios são facilmente aceitos, a sensibilidade demonstra características sublimes e a luz imortal lança fontes de infinito poder nos recessos do espírito.
"

O desencarne por doenças faz com que amigos e familiares partilhem do sofrimento do agonizante e estes por sua vez, “magnetizam” o ambiente do doente com energias que o “ajudam” a continuar vivo. Esse tipo de apego atrapalha a equipe espiritual responsável pelo desenlace. É por esse motivo que muitos instrutores espirituais insuflam energias no paciente para que ele tenha uma “falsa” melhora, atenuando o ambiente carregado e permitindo a muitos que fazem a vigília o descanso.
Vibremos pelo agonizante nas vibrações puras da fé no Criador, que ao buscar um filho querido não traz o sofrimento e sim a libertação.

Desencarne de Crianças
No plano espiritual existem equipes especializadas no tratamento de crianças recém-desencarnadas. Institutos são criados para que os pequeninos sejam amparados.
Após o desencarne várias coisas podem acontecer às crianças:
  •   Caso seja um espírito evoluído ele pode rapidamente adquirir sua forma anterior, se assim desejar. Alguns espíritos encarnam somente para unir uma família ou para queimar pequenos resquícios de Karma.
  •   Espíritos medianos geralmente mantém a sua forma infantil, e conforme estudam e se aprimoram recebem algumas responsabilidades, como por exemplo monitorar outras crianças das instituições ou atuar junto as crianças encarnadas em instituições de socorro, auxiliar voluntários em orfanatos, etc.
  •   Espíritos de crianças que desencarnaram cedo como resgate de ações de vidas anteriores PODEM não se recuperar totalmente do choque, sendo necessário realizarem tratamentos magnéticos e assim que tiverem uma melhora voltam ao plano físico, algumas vezes voltam na mesma família que deixaram, não sendo isso de forma alguma uma regra.
Na Umbanda existe a falange de Yori, onde as crianças se vinculam, atuando em reuniões, ajudando, amparando e conversando. Elas trazem a palavra inocente, o conselho simples, o pensamento sem maldade, que muitas vezes ajuda os irmãos encarnados a refletirem.
Os médiuns da Umbanda "incorporam" (psicofonia) as crianças assim como fazem com caboclos e pretos-velhos.
As crianças geralmente acompanham os pretos-velhos nas sessões de Umbanda. Elas geralmente se vinculam a diferentes linhas, como por exemplo a Mariazinha da Praia (energias do Mar - Yemanjá), Caboclinhos da Mata (energias da Natureza – Oxossi) .

Visita das Mães aos Filhos Desencarnados
As instituições, com o Lar de Bênçãos (citado no livro Entre a Terra e o Céu, de Francisco Cândido Xavier), recebem visitas periódicas das mães que perderam os seus filhos. Durante o sono físico elas são levadas por espíritos amigos até os filhos. Esse tipo de contato é importante para o filho e para a mãe.
Quando Desperta ela não lembre exatamente do que ocorreu, contudo, a lembrança do filho e a sensação de que ele está bem fica viva em sua memória.
É importe lembrar que nem todas as crianças desencarnadas podem ser visitadas e que nem todas as mães estão aptas a visitar o filho, cada caso é um caso.
Segue o trecho do livro Entre a Terra e o Céu, de Francisco Candido Xavier, que fala sobre o assunto abordado:
É o Lar da Bênção — informou o instrutor, satisfeito. — Nesta hora, muitas irmãs da Terra chegam em visita a filhinhos desencarnados. Temos aqui importante colônia educativa, misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal."

Desencarne de Animais
No livro Evolução em dois Mudos, de Francisco Candido Xavier encontramos o seguinte trecho:
Em relação ao homem, os mamíferos que se ligam a nós outros por extremos laços de parentesco, em se desencarnando, agregam-se aos ninhos em que se lhes desenvolvem os companheiros e, qual ocorre entre os animais inferiores, nas múltiplas faixas evolutivas em que se escalonam, não possuem pensamento contínuo para a obtenção de meios destinados à manutenção de nova forma.
Encontram-se, desse modo, aquém da histogênese espiritual, inabilitados a mais amplo equilíbrio que lhes asseguraria ascensão a novo plano de consciência.
Em razão disso, efetuada a histólise dos tecidos celulares, nos sucessos recônditos da morte física, dilata-se-lhes o período de vida latente, na esfera espiritual, onde, com exceção de raras espécies, se demoram por tempo curto, incapazes de manobrar os órgãos do aparelho psicossomático que lhes é característico, por ausência de substância mental consciente.
Quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se filiam durante certa quota de tempo, caem, quase sempre de imediato à morte do corpo carnal, em pesada letargia, semelhante à hibernação, acabando automaticamente atraídos para o campo genésico das famílias a que se ajustam, retomando o organismo com que se confiarão a nova etapa de experiência, com os ascendentes do automatismo e do instinto que já se lhes fixaram no ser, e sofrendo, naturalmente, o preço hipotecável aos valores decisivos da evolução."
E sobre a sua vida no Plano Astral também encontramos no mesmo livro o seguinte trecho:
Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme, como se os equinóceos e solstíceos entrelaçassem as próprias forças, retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.
Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados, por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas.
As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação."

Após o Desencarne
Deixo esse tópico para a brilhante explicação encontrada no livro Entre a Terra e o Céu.
"... e, nos últimos tempos, com as novas concepções do Espiritualismo, acreditávamos que o menino desencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto...Em muitas situações, é o que acontece —esclareceu Blandina, afetuosa — ; quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando mental de si mesmo, adquire o poder de fàcilmente desprender-se das imposições da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura.
Conhecemos grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a respectiva apresentação que lhes era costumeira Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarnam, o caminho não é o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do auto-governo. Jazem conduzidas pela Natureza, à maneira das Criancinhas no colo maternal. Não sabem desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios que orientam o mundo das formas e, por isso, exigem tempo para se renovarem no justo desenvolvimento. É por esse motivo que não podemos prescindir dos períodos de recuperação para quem se afasta do veículo físico, na fase infantil, de vez que, depois do conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham nos primeiros degraus da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como elemento indispensável de restauração. E a variação desse tempo dependerá da aplicação pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio aperfeiçoamento moral."
No livro Voltei também temos informação sobre um lar para crianças desencarnadas e também sobre recém-nascidos:
"Marta explicou-me que a instituição asila irmãozinhos desencarnados, entre sete e doze anos de idade, e, porque eu indagasse pelas crianças tenras, esclareceu Andrade que, para essas, quando se não trata de entidades excepcionalmente evoluídas, inacessíveis ao choque biológico da reencarnação, há lugares adequados, onde o tempo e o repouso lhes favorecem o despertar, a fim de que lhes não sobrevenham abalos nocivos.
...
Informou-me a filha de que as criancinhas não obstante viverem ali, em comunidade, dividem-se, no esforço educativo, por turmas afins. Caracterizam-se os grupos por variados graus de elevação espiritual e as classes se subdividem pelas aptidões e tendências, examinados os precedentes de cada uma. Quando perguntei se na vida espiritual pode a criança desenvolver-se e optar pelo mau caminho, replicou Andrade que isso é perfeitamente cabível, considerando-se que, com o desenvolvimento na nova esfera, a alma recapitula as emoções do passado, com apelos íntimos de variadas espécies, acrescentando, todavia, que, de modo geral, as crianças estacionadas nos parques de reajustamento sempre se encaminham à reencarnação. Se o Espírito de ordem sublimada se desenfaixa dos laços da carne, quite com a lei que nos governa o destino, em período infantil, readquire, de pronto, as mais altas expressões da própria individualidade e ergue-se a mais elevados planos. 
"
O Sofrimento dos Pais
Acredito que poucas coisas machuquem tanto o coração quanto perder um filho. Por isso é muito difícil que palavras curem as feridas deixadas pelos pequenos que se foram. Buscamos aqui somente mostrar o que acontece com eles após o desenlace, para lembrar que eles não se foram para sempre e que nunca estarão desamparados por nosso Pai, que é só amor e bondade.
Do trecho abaixo, retirado do livro Ação e Reação é falado sobre o sofrimento dos pais relativo a filhos que desencarnam.
"E os pais? - inquiriu meu colega, alarmado. Em que situação surpreenderemos os pais dos que devem ser imolados ao progresso ou à justiça, na regeneração de si mesmos? a dor deles não será devidamente considerada pelos poderes que nos controlam a vida?
- Como não? - respondeu o orientador - as entidades que necessitam de tais lutas expiatórias são encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em delitos lamentáveis, no pretérito distante ou recente ou, ainda, aos pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e o devotamento, a honorabilidade e o carinho que todos devemos na Terra ao instituto da família. A dor coletiva é o remédio que nos corrige as falhas mútuas."

CEMITÉRIO
Vamos traçar o ambiente de um cemitério.
Os cemitérios, onde geralmente os corpos são velados e posteriormente enterrados são centros acumuladores de energias de sofrimento, angústia, revolta e etc.
Dentre os vários tipos de espíritos que podemos encontrar em um cemitério podemos citar:
- Espíritos que estão algemados ao corpo, sofrendo pela própria decomposição.
- Espíritos que não são bons nem maus, podem estar acompanhando um enterro.
- Falanges de espíritos trevosos que espreitam os cemitérios atrás de recém-desencarnados que não possuem o merecimento da proteção. Eles se aproveitam de todas as maneiras possíveis dos que ficam ao léo.
- Equipes espirituais de auxílio. Elas ficam sempre em vigília para ajudar aqueles que se tornam mais receptivos.
É importante se envolver em energias positivas quando for ao cemitério, sempre orando ao entrar e ao retornar. Para os médiuns a atenção deve ser redobrada.
Não se deve brincar em um enterro, falar mal da pessoa que morreu e etc, pois do outro lado estão espíritos que podem se afinizar ou se revoltar com o que você está falando e as conseqüências podem ser graves se o espírito resolver lhe acompanhar ou se vingar.

Locais para onde são levados os desencarnados
Cada espírito que desencarna é levado para um lugar diferente, que está em sintonia com o seu grau de evolução e com a sua conduta durante a vida.
Para os espíritos medianos o processo é de encaminhamento aos Postos de Socorro e depois eles são levados para o ambiente que se vinculam por afinidades familiares ou de trabalho.
Para os que tiveram uma vida desregrada, prejudicando outras pessoas e a si próprio, é necessário um período mais ou menos curto em zonas inferiores do Astral, que Ramatís chama de Charcos Pestilenciais. Nesses ambientes, habitados por espíritos que se entregaram as energias animais, o tempo se responsabiliza por trazer à tona os erros cometidos, fazendo-o refletir, revoltando-se ou se culpando ele vai aos poucos drenando as energias e se preparando para habitar esferas de vibração superior ou reencarnar.
Retiramos o trecho abaixo do livro Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, onde o nosso querido amigo espiritual fala de forma clara e objetiva sobre o Astral Inferior, seus objetivos e sua necessidade, com vista a recuperação do espírito.
"As vítimas do remorso padecem, assim, por tempo correspondente às necessidades de reajuste, larga internação em zonas compatíveis com o estado espiritual que demonstram.
...
Além-túmulo, no entanto, o estabelecimento depurativo como que reúne em si os Órgãos de repressão e de cura, porqüanto as consciências empedernidas aí se congregam às consciências enfermas, na comunhão dolorosa, mas necessária, em que o mal é defrontado pelo próprio mal, a fim de que, em se examinando nos semelhantes, esmoreça por si na faina destruidora em que se desmanda.
É assim que as Inteligências ainda perversas se transformam em instrumentos reeducativos daquelas que começam a despertar, pela dor do arrependimento, para a imprescindível restauração.
...
O inferno, dessa maneira, no clima espiritual das várias nações do Globo, pode ser tido na conta de imenso cárcere-hospital..".




Gustavo Martins
Gustavo é Analista de Sistemas,cooperador do Grupo PAS, trabalhador da Fraternidade Francisco de Assis, Casa de Bezerra de Menezes e associado da Self Realization Fellowship, associação criada pelo grande guru Paramahansa Yogananda.







Calendário Assistência 2019

Tenda Espírita Mamãe Oxum

Calendário 2019

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

Não haverá GIRA.

Estaremos realizando obras de manutenção no imóvel.

De 01/03 à 10/03 – TERREIRO FECHADO

15/03 - sexta-feira – Saúde

20/03 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

22/03 - sexta-feira – Caboclos

29/03 - sexta-feira - Exus

03/04 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

05/04 - sexta-feira – Pretos-Velhos

12/04 - sexta-feira – Saúde

17/04 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

23/04 - terça-feira – Saudação à Ogum Às 20h

26/04 - sexta-feira - Malandros

MAIO

JUNHO

JULHO

30/05 - sexta-feira – Pretos-Velhos

10/05 - sexta-feira – Saúde

13/05 - segunda-feira – Festa dos Pretos-Velhos às 20h

17/05 - sexta-feira – Caboclos

22/05 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

24/05 - sexta-feira – Saudação à Santa Sara com Corrente de Ciganos

31/05 - sexta-feira - Exus

05/06 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

07/06 - sexta-feira – Pretos-Velhos

13/06 - quinta-feira – Saudação à Santo Antonio com Corrente de Exus às 20h

19/06 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

21/06 - sexta-feira – Caboclos

28/06 – sexta-feira – Malandros

03/07 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

05/07 - sexta-feira – Pretos-Velhos

14/07 – domingo – SEMINÁRIO das 10h30min às 18h

17/07 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

19/07 - sexta-feira – Caboclos

26/07 – sexta-feira – Exus e Saudação à Nanã

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

02/08 - sexta-feira – Pretos-Velhos

07/08 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

09/08 - sexta-feira – Saúde

16/08 - sexta-feira – Saudação à Obaluaê / Omolu

18/08 – Domingo – Calunga às 09h

21/08 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

23/08 – sexta-feira – Caboclos

30/08 - sexta-feira - Malandros

04/09 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

06/09 - sexta-feira – Pretos-Velhos

13/09 - sexta-feira – Saúde

18/08 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

20/09 - sexta-feira – Caboclos

27/09 – sexta-feira –Distribuição de doces às 15h

Não tem Gira

29/09 – Festa de São Cosme e São Damião às 16h

02/10 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

04/10 - sexta-feira – Pretos-Velhos

11/10 – sexta-feira – Saúde

12/10 – Sábado – Cachoeira/Mata

16/10 - quarta-feira – Café com Vovó Catarina

18/10 - sexta-feira – Caboclos

25/10 - sexta-feira – Exus

NOVEMBRO

DEZEMBRO

01/11 - sexta-feira – Esteira Das Almas

06/11 - quarta-feira – Estudo da Umbanda

08/11 - sexta-feira – Saúde

15/11 - sexta-feira – Dia Nacional da Umbanda – Orixás – 20h

20/11 – quarta-feira – Café com Vovó Catarina

22/11 - sexta-feira – Festa aos Malandros

25/11 - segunda-feira /Calunga 17h

30/11 – Sábado - Praia

-

08/12 – Domingo – Saudação aos Orixás –

Encerramento das Atividades/ 2019

Atenção:

As Giras têm início às 20h e as fichas são distribuídas a partir das 19:45 até às 21h.

As consultas não são cobradas. “Dai de graça o que de graça recebestes de Deus”.

A Tenda Espírita Mamãe Oxum é um Templo Sagrado, respeite-o como tal.

Evite roupas ousadas como shorts, mini blusas, vestidos muito decotados ou curtos. Respeitem as Entidades.

Mãe Márcia “Anêrê de Oxum”

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